• 1. As tecnologias da informação e comunicação num contexto educacional

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    Globalização. Termo que nos deparamos, a princípio, em meio às aulas de geografia e sociologia mas que depois, vai se expandindo até tomar conta de nossas vidas por inteiro sem que percebamos. Termo de significados tão complexos na teoria, mas na prática, o vivemos a todo instante. 


    Por quê?


    Porque estamos no ambiente virtual nesse exato momento; porque aprendemos a enxergar o mundo por telas coloridas dominadas pela imagem em movimento e porque chegamos ao outro canto do mundo apenas com um clique. Porque estudiosos criaram novas linguagens e técnicas universais que trouxeram hoje você aqui: lendo esse texto, que, afinal, não fala sobre globalização. Mas começa por ela…


    Com a Revolução Técnico-Científico-Informacional, de fato, o nosso cotidiano se alterou. Bem como se modificaram as nossas perspectivas de espaço, tempo e realidade. O mundo se tornou completamente diferente e muitos teóricos de diversas áreas tentaram, e tentam até hoje, compreender como, especificamente, se deram essas mudanças na nossa sociedade já que aprendemos e descobrimos formas de lidar com o mundo e seus acontecimentos.

    Uma das mudanças mais interessantes para nós - neste momento - foi a percepção de como as inteligências e processos psicológicos se remodelaram com as Tecnologias da Informação e Comunicação, principalmente na área da educação: “os nativos [digitais] não apenas são capazes de se comunicar e aprender de maneiras diferentes, como também seus cérebros são diferentes [...]” disserta Mônica Garbin (2010 apud PRENSKY, 2001 e 2009) em seu mestrado sobre produção audiovisual colaborativa em espaços escolares; apontando também que esses jovens que nasceram e cresceram rodeados pelas tecnologias digitais são capazes de cultivar conhecimento emitindo opiniões próprias e se posicionarem frente aos recursos e mensagens do contexto midiático.


    O que acontece de fato, é que o uso das TICs maximiza os processos cognitivos que influenciam no desenvolvimento da inteligência de indivíduos. E como vemos abaixo, o cinema e o audiovisual se destacam exatamente no que tange às sensações proporcionadas pela audição e pela visão, que posteriormente, se transformarão em um rico estado de aprisionamento de conhecimento.


    Isso significa, portanto, que os jovens de hoje em dia se adaptam muito bem com a educação vinculada à tecnologia, uma vez que os computadores, as mídias sociais e os videogames já fazem parte de seu cotidiano através da linguagem audiovisual, além, claro, de filmes, séries e novelas que tanto assistem em seus tempos de lazer. Dessa forma, “através da curiosidade e da motivação, conseguem atingir certo domínio da atividade que executam” (GARBIN, 2010) e se tornam independentes em certas etapas de aprendizagem, bem como dominam, assim, a manipulação de equipamentos e linguagens digitais que constituem as novas informações e comunicações.

    Pensando em um ambiente escolar, sabemos também que a interferência de atividades dinamizadas e cooperativas levam a um resultado satisfatório no processo de ensino. Teóricamente, para Vygotsky (1998), o principal fator para que a pessoa em idade escolar possa assimilar e constituir as funções psicológicas no processo de aprendizagem é a interação social, ou seja, participação ativa de outro ser humano em suas atividades (GARBIN, 2010). Logo, recomenda-se desde a pedagogia tradicional que haja atividades integrativas entre alunos/as para que seja desenvolvido em cada um/uma, estratégias e habilidades gerais de solução de problemas e gerenciamento de tarefas.


    Para tantas informações, conduzir o ensino na sala de aula pode parecer desafiador... A criança e o adolescente que já nasceu na era digital necessita de abordagens distintas do padrão educacional. É preciso que sejam trabalhados os espectros todos do processo de aprendizagem com muita ênfase para que os/as alunos/as se sintam motivados/as. É preciso readequar as linguagens e métodos para que haja conjuntura entre a educação e as tecnologias da informação e comunicação, por um bem maior. E, afinal, uma ótima forma de conseguir isso é realizando a integração do ambiente escolar com a realidade virtual que permeia nosso cotidiano.






  • Cinema e educação: o fazer audiovisual na sala de aula