• Cinema e educação: o fazer audiovisual na sala de aula

    As tecnologias da informação e comunicação nos trazem infinitas possibilidades de interação com a sala de aula, mas aqui no Cinema na Escola, vamos dar prioridade a uma linguagem que se constituiu ao longo de muitos anos, inclusive, antes da consolidação da revolução tecnológica. Estamos falando da linguagem audiovisual e todos os seus incríveis atributos que podem ser muito bem trabalhados e elaborados dentro do contexto educacional para que  os processos de ensino sejam efetivos nos alunos e alunas de hoje em dia. 


    Que atire a primeira pedra quem não adora passar horas em frente a um dispositivo assistindo filmes, séries e novelas…


    O material audiovisual que o cinema proporciona para nós é algo extremamente rico em questões de linguagem e técnica pois foi inteiramente trabalhado e pensado desde antes de sua produção para causar efeitos e sensações específicas nos espectadores. Existem muitas áreas de atuação dentro de uma produção audiovisual e também existem diversos segmentos dentro do que é a produção cinematográfica. 



    Desde a década de 1920 e ainda hoje, o cinema industrial trabalha com uma lógica hierárquica muito rígida em que a direção - ou no caso do cinema hollywoodiano a produção - domina e direciona os rumos do produto audiovisual a partir dos interesses. Existe uma rigidez também na divisão estrita das tarefas: as equipes são extremamente setorizadas, com cada um fazendo apenas sua função e se dirigindo apenas ao seu superior. A lógica segmentada e hierárquica acontece nas equipes de produção, direção, som, arte e em alguns casos também em equipes de roteiristas e na montagem.


    Mas o Cinema na Escola visa justamente o trabalho em equipe dentro da sala de aula como motor ao processo pedagógico. Então, demonstraremos ao longo dos textos, como é possível que se adaptem essas formas hollywoodianas de se fazer uma obra audiovisual ao contexto da realidade escolar. A ideia aqui é que visualizemos a personificação de uma produção industrial mas sempre pensemos adiante: de que forma podemos quebrar essas regras industriais e nos apropriarmos de uma estrutura livre e coerente para fazermos nosso próprio filme aqui na escola?



    O Cinema na Escola surge, então, como uma necessidade de aprimorar os conhecimentos dos professores e professoras quanto à realização cinematográfica e audiovisual para que estes trabalhem práticas vinculadas ao próprio plano pedagógico com seus alunos e alunas em sala de aula. Para muito além de assistir filmes em conjunto, o Cinema na Escola propõe uma experiência ímpar entre professor/a e aluno/a em projetos que trabalhem criação de curta-metragens dentro das possibilidades da escola. Por uma educação de qualidade, acessível e inclusiva, propomos exercícios que integrem com o contexto escolar e damos a liberdade para que os/as professores leitores do blog estejam sempre trabalhando essas práticas durante suas aulas. 


    Fazemos isso aqui porque, enquanto profissionais do audiovisual, bem sabemos que essa linguagem é capaz de acessar, compreender e difundir informações de diversas culturas, momentos históricos  e acontecimentos importantes de todos os estilos e gêneros. Também, não é uma linguagem que apenas funciona passivamente, ou seja, ela não é rica apenas quando somos espectadores; mas sim, mais do que isso, funciona de maneira ativa: quando nos envolvemos em pesquisas de roteiro, de arte e pensamos nos processos da fotografia e do som, por exemplo. Afinal, o fazer audiovisual é uma experiência que agrega aprendizados e conhecimentos muito profundos na vida de alguém. 



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